Descrição
Esperar 100 anos para receber um beijo do príncipe encantado? Passar 365 dias do ano limpando banheiro para poder ir a um único baile no palácio? Comer biscoito com a vovó em vez de dar uns amassos no lobo mau? Com clareza e humor, a jornalista espanhola Raquel Sánchez Silva mostra em seu livro de estreia como a mulher moderna continua refém de mitos da época dos contos de fadas e ensina o que pode ser feito para reverter esse quadro perverso. A autora acredita que está mais do que na hora das mulheres questionarem valores femininos antiquados, que só trazem sofrimento e privação, e se divertir com a vida louca da mulher do século XXI – é preciso envenenar a princesa chata que existe dentro de cada mulher e resgatar a loba que está doida para devorar aquele gatinho de boné vermelho. “Gostaria que Troco príncipe encantado pelo lobo mau fosse uma ferramenta eficaz para aliviar a pressão e o nível de exigência a que todas as mulheres modernas estão submetidas, com a tentativa de moldar mulheres ideais, que nos vendem por meio das novelas, da maior parte dos filmes e de todas as revistas que conhecemos. Creio que este nível de exigência é inalcançável e portanto pode causar muita dor e muitos traumas. E a única maneira de superar tudo isso acredito que seja rir de e com a mulher moderna. Rir de nós mesmas,” ensina Raquel. A mensagem irreverente e original do livro é clara: as mulheres só serão felizes no amor quando abandonarem o arquétipo da princesa e aprenderem a correr atrás de seus desejos. O primeiro passo? Descartar os sapatinhos de cristal, trocar o espelho que só fala a verdade por um menos cruel, mandar o príncipe passear e se atracar com o lobo mau. A autora brinca: “Lembre-se: enquanto as princesas dormem, as bruxas voam”. “Usei contos populares por ser uma linguagem comum, que homens e mulheres podem entender. Todos sabem do que estamos falando. Se estamos falando de princesas, de bruxas, de madrastas, de princesas que querem ser bruxas, de bruxas que um dia foram princesas. Ou se falamos, por exemplo, do que preferes: ser a madrasta gótica, sexual e maravilhosa ou ser a inofensiva e inocente Branca de Neve?,” explica Raquel.