Descrição
– Mas é uma menina! O capitão deixou escapar a exclamação quando viu Raquel entrar na sala, acompanhada por quatro soldados e um sargento. Aquela menina não tinha nada a ver com a “loura da metralhadora” cuja imagem certamente alimentava as fantasias do capitão. É que, com o auxílio da imprensa sensacionalista, fora criado o mito de uma espécie de supermulher, exímia atiradora, alta e bonita (é claro), fria e calculista. Nada que nem remotamente se parecia com a moça assustada que acabara de entrar e que não conseguia desviar dele os seus olhos grandes e arregalados. O que viria a acontecer depois é uma outra história. Foi então que ela pressentiu a solidão, definitivamente pegando carona em sua vida. Parte da menina que ainda era morreria ali.